Um físico norte-americano encontrou um atalho para chegar a Marte em 90 dias
Marte continua na ordem do dia e as várias entidades envolvidas na viagem até ao planeta vermelho ficaram a saber que um físico norte-americano encontrou um atalho para chegar a Marte em 90 dias. Sim, são boas notícias e é uma descoberta crucial para sobreviver à radiação.
O estudo demonstra que é matematicamente possível para a janela de lançamento de 2035. A chave: a Starship da SpaceX.
O longo voo será um dos muitos riscos enfrentados pelos astronautas a caminho de Marte. As viagens de seis a nove meses aproximam-se do limite seguro de radiação estabelecido pela NASA como aceitável: 600 mSv. O problema seria ultrapassado se fosse possível chegar a Marte em apenas 90 dias. E é possível com a tecnologia atual, segundo uma investigação recente.
Química convencional, tempos recorde
O físico Jack Kingdon, investigador na Universidade da Califórnia, publicou na revista Scientific Reports uma proposta que rompe com o estabelecido sobre viagens a Marte.
Normalmente, uma viagem até ao planeta vermelho leva entre seis e nove meses, colocando inúmeros desafios devido à exposição à radiação. Com a trajetória de Kingdon, bastariam 90 dias por trajeto.
O mais surpreendente é que os seus cálculos baseiam-se no método clássico para otimização de trajetórias interplanetárias (o problema de Lambert) e não dependem de motores futuristas, mas sim de um foguetão químico já existente: a Starship da SpaceX.

Atualmente, uma viagem até Marte demora entre 6 a 9 meses, consoante diversos fatores como a posição relativa entre a Terra e Marte — as chamadas janelas de lançamento, que ocorrem aproximadamente a cada 26 meses —, o tipo de trajetória escolhida, como a de Hohmann, que é mais eficiente em termos de combustível, mas mais lenta, e as capacidades do veículo espacial, nomeadamente a velocidade de cruzeiro, as possibilidades de manobra e o tipo de propulsão utilizado. Até hoje, todas as missões não tripuladas que chegaram ao planeta vermelho seguiram trajetórias dentro deste intervalo temporal.
Duas naves tripuladas e quatro de carga
A proposta é de escala monumental. A missão a Marte exigiria seis naves: duas tripuladas e quatro de carga que viajariam separadamente.
Para as colocar em rota, seriam necessários cerca de 45 lançamentos da Starship num período de duas a três semanas, um ritmo que, embora ambicioso, se alinha com os planos da SpaceX para uma escalada massiva das suas operações.
Uma estação de serviço no espaço.
O verdadeiro desafio logístico ocorreria na órbita baixa terrestre. Aí, uma frota de Starship-cisterna (naves dedicadas exclusivamente ao transporte de combustível) realizaria uma complexa dança de reabastecimentos:
- As duas Starship tripuladas necessitariam de cerca de 15 reabastecimentos cada para carregar as 1.500 toneladas de propelente que lhes permitiriam seguir pela trajetória rápida.
- As quatro Starship de carga, destinadas a transportar equipamento e mantimentos, receberiam apenas quatro reabastecimentos cada e seriam enviadas por uma rota mais lenta e de menor consumo energético.
O atalho
Uma vez abastecidas com metano e oxigénio líquido, as duas naves tripuladas acenderiam os motores para escapar à órbita terrestre. Seguir-se-ia uma trajetória do tipo Lambert de alta energia, exigindo um Δv ≈ 4,6 km/s, o que se traduz num tempo de voo de 90 dias.
Já perto de Marte, as naves realizariam uma ignição essencial para reduzir a velocidade de entrada de cerca de 9,7 km/s para aproximadamente 6,8 km/s.
A atmosfera marciana dissiparia o restante da energia através da aerocaptura, uma manobra em que a nave “roça” a atmosfera para travar sem consumir combustível. Finalmente, uma breve ignição dos motores permitiria uma aterragem propulsiva na superfície.
O estudo demonstra que este esquema é matematicamente possível para a janela de 2035, mas depende do domínio, por parte da SpaceX, de duas tecnologias críticas: o reabastecimento criogénico orbital em larga escala e a aerocaptura hiperbólica.
E o regresso? Um plano ainda mais complexo
Se o objetivo for voltar, a missão torna-se muito mais arrojada. Primeiro, seria necessário instalar em Marte uma fábrica de produção de combustível (como reatores Sabatier) para produzir metano e oxigénio a partir do CO₂ e do gelo presentes no planeta.
O plano de regresso implica que a nave tripulada descole da superfície de Marte e entre em órbita. Lá, as naves de carga, que chegaram antes, descolariam também para atuar como cisternas em órbita marciana, transferindo todo o combustível necessário à nave tripulada para o seu regresso à Terra em 90 dias.
Nem todos partilham o mesmo otimismo
O estudo identifica uma janela de regresso viável em 2037. No entanto, nem todos partilham do mesmo entusiasmo. O próprio artigo reconhece que a proposta contrasta com a visão de agências como a NASA, que historicamente prefere a propulsão nuclear para missões rápidas a Marte — uma tecnologia que, segundo o autor do estudo, ainda tem baixa maturidade e enfrenta grandes obstáculos regulatórios.
Tudo isto, claro, partindo do princípio de que o objetivo é voltar. Recordemos que a ideia de Elon Musk é enviar primeiro robots e, depois, voluntários para construir uma cidade autossuficiente no planeta vermelho.
Enquanto existir fome no planeta não há marte para ninguém.
A pouca fome que existe é política não é financeira
Pouca fome? 70% da população é pobre.
Pobre e fome sao coisas diferentes…
Alimentação de qualidade e variada com os nutrientes todos deve ser difícil quando se é pobre não? não estou a ver os pobres a encher o carrinho das compras com qualidade e variedade muito menos quantidade.
Não há recursos no planeta para isso
Pouca ou muita, os capitalistas fazem grandes negócios à pala da fome.
a fome não dá nas noticias nem dá likes, marte dá (infelizmente)
Capsulas de estase e a tripulação dorme durante 90 dias e chega lá novinha em folha.
Os Russos estão a contruir motores para isto, nucleares…
Também estão a contruir os motores mais avançados de plasma.. a confiança é tal, que já estão a criar simuladores de atmosferas,etc para o motor que contruiram, e que nas próximas iterações vai aumentar de forma consideravel a sua potência..
Já agora, o Pai doo Musk, tem estado em Moscovo, e é sabido que o Musk anda muito interessado nas coisas que a Roscosmos vem fazendo..
Mete mais tabaco no que andas a fumar. Põe aqui as fontes do que estás para aí debitar.
Aínda há quem acredita no pai natal. Nem à lua vão quanto mais a marte
Não vão a lua porque aquilo é uma estação espacial extra terrestre e eles não nos querem lá.
Yah man. E a terra é plana. O sol é um holofote. Os aviões andam a semear cenas no céu. As vacinas contêm microchips e metais pesados. Os governos controlam os meios de comunicação social e os meios de comunicação social controlam os carneiros!
Vivó Putin!
Arranja-se sempre um bom estúdio de TV com o cenário de marte. Capricornio 1, com Elliot Gould e OJ Simpson.
Mas que lua?! Tu ainda acreditas que existe uma lua? Tabaco. Põe mais tabaco
Somos fantásticos!!!
Continuamos, em virtude da cobiça, de algo que nos seduz na “casa” do vizinho, a destruir e depauperar a nossa própria “casa”, da nossa família, dos nossos?!…
A nossa “casa” já foi transformada para nossa conveniência, senão continuavamos a viver em cavernas. Marte e o resto do sistema solar são pedaços de matéria à deriva óptimos para a nossa exploração e e uso.
nem mais, vamos esmifrar Marte e Jupiter que se cuide. Nem falo das Luas que estiverem pelo caminho para minerar qualquer coisa que servirá de qualquer coisa sessencial no futuro. Há que dar trabalho e rendimento ao povo.
ALiás, quem nos vai expulsar deste planeta para Marte é a IA. LOL Fake news a dizer que Marte é já ali e afinal envia-nos para órbita e por lá ficamos LOL
Com a tecnologia atual, ir e vir de Marte vivo é tão fácil como atravessar o Pacífico a nado!
Assim o Trump em vez de enviar os “illegal aliens” para El Salvador, manda-os logo para Marte hahaha
Tu devias de ser adubo para marte.
Tu nem isso, ficavas a orbitar entre Marte e a Terra até alguém te encontarr num futuro distante e quando te for a tirar o capacete explodes em “adubo”.
Não percebo, com tantos problemas graves e urgentes no planeta para resolver gastam-se recursos em algo com zero benefícios para a população.
Nada mais errado. Investigações, invenções e estudos na exploração aeroespacial são aplicadas na vida quotidiana, mais cedo ou mais tarde.
Além de que a exploração espacial é a única garantia de sobrevivência da humanidade a longo prazo.
Morrer com dignidade é coisa que a Humanidade não sabe, vai espalhar problemas por esse universo fora, pobres criaturas que nos esperam…
Se acreditas que a humanidade é o problema, começa por ti e resolve o problema principal na fonte…para que continuar a alimentar políticas e corporações, gastar tempo e dinheiro, alias ocupar casa numa altura em que existe poucas… dá a vez a alguém mais optimista e que precise…
luisa o incentivo ao suicídio é crime.
O problema é a Humanidade na actual expressão, o teu comentário é prova disso!
A humanidade não vai durar esse “longo prazo”.
De facto, é que conforme isto está, mais dia menos dia vamos com os porcos.
Diz-me que não fazes ideia do que dizes sem me dizeres que não fazes ideia do que dizes.
Há muito tecnologia que foi desenvolvida nestas missões espaciais.
É mais grande andar a brincar às guerras na Ucrânia, Irão, etc. Há misseis que custam mais de 100 mil euros e às vezes lançam mais de 100.
Nada de novo. Toda a gente conhece esse atalho.
Basicamente é assim: depois de passar a Lua, em vez de ir em frente (que depois até começa a subir e gasta muito combustível), vira-se ligeiramente à esquerda e após uns 100 mil km, vira-se na terceira à direita depois de uns calhaus azuis muito brilhantes. Depois é sempre em frente até Marte.
Não tem nada que enganar e na dúvida é usar o GPS escolhendo a opção de caminho mais curto.
🙂 🙂 🙂
O melhor comentário!