Será possível detetar civilizações alienígenas avançadas pela sua poluição industrial?
A caça aos extraterrestres anda de mãos dadas com a caça aos planetas habitáveis. Os astrónomos estão à procura de exoplanetas com químicos atmosféricos que possam ser um sinal de uma civilização avançada. A dúvida é se será possível detetar as chamadas tecnoassinaturas. Possivelmente não, mas...!
Os chamados sinais de fumo alienígenas?
Os investigadores procuram químicos, conhecidos como tecnoassinaturas, que se encontram na Terra e são o resultado da queima de combustíveis fósseis. A equipa de cientistas tem estado a explorar os Hidrocarbonetos Aromáticos Policíclicos e a verificar se é possível detetá-los.
Ao longo das décadas, os investigadores desenvolveram uma série de formas diferentes de procurar civilizações avançadas alienígenas.
Desde a pesquisa de sinais de rádio anómalos ou impulsos de laser nas estrelas até à procura de vestígios de água, as técnicas não deram, até agora, resultados positivos. Iniciativas como o SETI (Search for Extraterrestrial Intelligence) utilizaram alguns dos mais potentes radiotelescópios do mundo para procurar sinais. Ao mesmo tempo, as zonas habitáveis dos exoplanetas têm sido sondadas em busca de sinais de água, o que sugere a existência de vida.

O Allen Telescope Array procura sinais tecnológicos alienígenas. Crédito: Seth Shostak, Instituto SETI
Uma equipa de investigadores liderada por Dwaipayan Dubey explorou a viabilidade da utilização de Hidrocarbonetos Aromáticos Policíclicos (HAP) como forma alternativa de continuar a procura.
Os HAPs foram notícia quando foram detetados no interior de um meteorito marciano. A sua descoberta recebeu muita atenção, uma vez que os hidrocarbonetos são conhecidos por serem o subproduto da vida e encontrá-los enterrados em meteoritos marcianos sugeria a existência de alguma forma de vida em algum momento da história de Marte.
O debate ainda continua, mas a equipa acredita que a procura de hidrocarbonetos em atmosferas planetárias pode revelar civilizações avançadas.

Em 1996, uma equipa de cientistas liderada pelo Dr. David McKay, do Centro Espacial Johnson da NASA, anunciou possíveis provas de vida em Marte. As provas provinham dos seus estudos de um meteorito marciano encontrado na Antártida, chamado Alan Hills 84001. Os investigadores encontraram vestígios químicos e físicos de possível vida, incluindo glóbulos de carbonato que se assemelham a nanobactérias terrestres (micrografia eletrónica apresentada) e hidrocarbonetos aromáticos policíclicos. Créditos: Centro Espacial Johnson da NASA
Existem fontes de HAPs (Hidrocarbonetos Aromáticos Policíclicos) no espaço, como o meio interestelar, mas estão maioritariamente associadas a atividades de seres biológicos.
A equipa concentrou a sua atenção em hidrocarbonetos que possuem secções transversais de absorção disponíveis na atmosfera de exoplanetas semelhantes à Terra.
Uma secção transversal de absorção é uma medida da probabilidade de um processo de absorção, como a dispersão de partículas, ser detetado pelo Observatório de Mundos Habitáveis, equipado com um telescópio de 8 metros.
Os químicos escolhidos são Naftaleno, Antraceno, Fenantreno e Pireno.

Uma futura missão de sonda interestelar tem como objetivo viajar para além da heliosfera até ao meio interestelar local para compreender de onde veio a nossa casa e para onde vai. Crédito: Laboratório de Física Aplicada John Hopkins.
A poluição pode revelar o que procuramos... mas não é certo!
Com base em evidências das concentrações de HAPs (Hidrocarbonetos Aromáticos Policíclicos) na Terra, a equipa sabia que estas diminuíram ligeiramente desde a Revolução Industrial. Aprendendo com isto, realizaram simulações em várias concentrações, na esperança de provar as capacidades de deteção de uma civilização semelhante à da Terra. A arquitetura dos telescópios também foi explorada no estudo e, embora espelhos grandes melhorem a resolução e a capacidade de recolha de luz, o resultado foi menos positivo.
A análise baseou-se na capacidade de um espelho de telescópio grande resolver detalhes na assinatura espectral das quatro moléculas. Contudo, descobriram que telescópios com aberturas de 6m, 8m ou 10m não teriam uma relação sinal-ruído suficiente para resolver os detalhes necessários.
A conclusão final da equipa foi que a deteção de assinaturas de HAPs entre 0,2 e 0,515 µm usando telescópios terrestres de grande porte é inviável.
Este é um ótimo exemplo de um trabalho que não produz um resultado positivo, mas um resultado negativo na investigação científica também é valioso. São agora necessárias mais investigações e medições em laboratório para ajudar a melhorar a detetabilidade das moléculas e talvez ajudar-nos a encontrar o nosso primeiro vizinho cómico.
Se são civilizações avançadas há séculos ou milénios deixaram de poluir, simplesmente por terem evoluído.
O mesmo irá acontecer com a Terra daqui a alguns séculos. Neste momento, a nossa civilização, que aparenta ser avançada, nada mais é do que uma civilização “criança”, tendo muito que aprender, descobrir e principalmente tornar-se pacífica.
Ou tal civilização terá já aprendido há muito a lidar eficazmente com qualquer poluição que derive da sua própria biologia ou da fabricação do que lhes proporcione bem-estar mas tenha avançado também para outras formas de poluir que nem cabem ainda na nossa definição de “poluição”.
Se são civilizações avançadas há séculos mudam-se de planeta em planeta esgotando os seus recursos numa super nave durante a sua longa vida conseguida pela engenharia biolténológica avançada.
Isso é o Anung a fantasiar com civilizações predadoras… uma possibilidade mas certamente não a única.
Além de que se tais civilizações andarem de planeta em planeta é capaz de haver boa probabilidade de que, com o passar do tempo, se divida em sociedades diversificadas cada uma com os seus próprios costumes e crenças dependendo do planeta em que se instalem, isto supondo que os respectivos elementos de tais civilizações sejam indivíduos únicos e cada um com a sua personalidade.
Seja como for, esgotar os recursos de um planeta também é algo de relativo. Qual é afinal o mal de explorar recursos num planeta que não tenha o menor sinal de vida nem mesmo uma que esteja nos primórdios da sua evolução? É apenas uma mudança de escala em relação ao que já fazemos aqui na Terra e por aqui até existe vida por todo o lado, mesmo que apenas microscópica, inclusive nos locais onde haja recursos a explorar.
Diferente seria se a exploração de recursos ocorresse em planetas já ocupados com vida mas dada a imensidão do universo… será que uma civilização assim avançada teria ou sentiria necessidade de explorar recursos em planetas já com vida? Não teria uma civilização assim avançada um sentido de moral também suficientemente avançado para se auto-impor regras quanto à exploração de recursos?
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Fantasia é pensares que alguém vai ler isso tudo que escreveste.
Raios parta a preguiça, não queres a chiclete já mastigada….que geração esta .
Perguiça? Lol.
O tempo é precioso, deve ser gasto com coisas que importam e reais.
@Anung
Eu rio-me do absurdo, quando a desculpa de não ler algo, cuja leitura demora entre 45s e 1m, é “O tempo é precioso, deve ser gasto com coisas que importam e reais”, como dizem as vezes gostava de ser mosca…….
A questão é que estamos “a ver a imagem” do passado dessa civilização e não o presente!
Ai é que esta a questão. Quando observamos objectos celestes, o que observamos não é o presente mas sim o passado, e ate se pode disser “vários passados” dependendo da distancia do objecto celeste. Por exemplo, se observamos uma estrela que esteja a 200 anos luz de distancia, e outra a 2 milhões de anos luz, estamos a observar, ao mesmo tempo, dois passados um que se passava a 200 anos e outro a 2 milhões, pois é o tempo que demorou a chegar, a terra, a luz emitida dessas duas estrelas, respectivamente. Até a luz do Sol demora 8 minutos a chegar a terra, assim ao vermos o sol, estamos a ver como ele era a 8 minutos atrás. Então imagina quantos passados estaremos a observar, ao mesmo tempo, quando a noite observamos as estrelas. Isto do tempo tem muito que se lhe diga.
Talvez sejam muito mais espirituais que o Homo Sapiens e não precisem de industria viajando pelo espaço no método de projecção astral.
Se por “espirituais” entendermos “religiosos” mesmo que não no nosso sentido tradicional de “religião”… se tomarmos o exemplo da humanidade, a tendência parece ser a de a humanidade deixar de lado a “espiritualidade” e abraçar o conhecimento científico em vez do religioso.
Quanto a isso da «projecção astral»… talvez o X ande a ver ou ler demasiada ficção na forma de fantasia. Mas quem não gosta de fantasiar um pouco de vez em quando? Afinal é também o sermos capazes de fantasiar que faz de nós humanos e querer ir mais além!
Num mundo onde ha nerds que acreditam no linux é mais possivel acreditar em projecao astral que ao contrario do linux é real e util
Este site que estás a aceder (assim como a grande maioria) está alojado num servidor linux
Atirei esta da espiritualidade só mesmo para ver como iam reagir nos comentários, nem eu acredito nisso mas quem sabe os poderes mind over matter que os aliens possam ter! enfim keep watching the skies!
No fundo não gosto de imaginar que os aliens tambem a queimarem carvão e petróleo lol tenho uma imagem mais limpa mais civilizada mas quem sabe até chegarem a esse patamar talvez tenham sido ainda mais porcos que nós com industria e guerra por recursos etc