Quase 30% dos adultos portugueses têm obesidade… DGS anuncia plano de controlo
A Direção-Geral da Saúde (DGS) apresentou hoje, no Dia Mundial da Obesidade, um plano para acelerar a prevenção e controlo da obesidade, em Portugal. As 10 propostas procurarão resolver um dos nossos principais problemas de saúde pública.
No "Roteiro de Ação para Acelerar a Prevenção e Controlo da Obesidade em Portugal", apresentado hoje, a DGS recorda que a obesidade é um dos principais problemas de saúde pública, em Portugal.
- Afeta 28,7% dos adultos portugueses, sendo que mais de metade da população apresenta excesso de peso (67,6%).
- Dados de 2022 mostram que a prevalência de excesso de peso infantil foi de 31,9%, sendo que 13,5% das crianças dos 6 aos 8 anos viviam com obesidade.
A elevada prevalência da obesidade e de fatores de risco modificáveis, como a alimentação inadequada e a inatividade física, têm contribuído para a desaceleração ou até reversão dos avanços em saúde observados nas últimas décadas.
Esse impacto tem sido visível em indicadores relacionados, por exemplo, com a esperança média de vida.

Fonte: "Roteiro de Ação para Acelerar a Prevenção e Controlo da Obesidade em Portugal", DGS (2025)
Por isso, nos próximos três anos, a DGS trabalhará no sentido de acelerar a prevenção e o controlo da obesidade, em Portugal.
10 medidas para prevenir e controlar a obesidade em Portugal
Conforme um comunicado da DGS, parte do roteiro de ação será focado nos primeiros anos de vida.
Serão desenvolvidas ações para melhorar a saúde nos primeiros 1000 dias de vida; e será fortalecida a promoção da alimentação saudável e da atividade física, nas creches, escolas e universidades.
A DGS procurará criar ambientes alimentares mais saudáveis, estabelecendo critérios para as compras públicas alimentares e orientações para a oferta alimentar em diversas instituições, nomeadamente para as creches.
Além do reforço da prevenção da obesidade nos Cuidados de Saúde Primários, por via do aconselhamento para a atividade física e alimentação saudável, a DGS prevê a publicação e implementação de um percurso integrado de cuidados para as pessoas com obesidade, estabelecendo mecanismos de apoio à sua implementação.
Está, também, prevista a capacitação dos municípios para a promoção da alimentação saudável e da atividade física, fortalecendo os mecanismos de apoio técnico e de financiamento.
O plano é simples: comer menos porcaria e fazer exercício. É mental, falta mesmo força de vontade.
Uma pequena refeição como um iogurte e meia dúzia de bolachas pode facilmente ter de 150 a 200 calorias. Para perder essas calorias um homem precisaria de fazer uma caminhada de 30 a 40 minutos a bom ritmo. No caso de uma mulher e ao mesmo ritmo (velocidade) seria necessário caminhar durante 40 a 50 minutos.
Um quilograma de gordura corporal (que tem alguma água à mistura) tem cerca de 7500 calorias. Agora é imaginar as caminhadas que seriam necessárias para se perder um único quilograma (20 gramas = 150 calorias)… ou então os iogurtes e bolachas que seriam necessários deixar de comer.
Dei apenas o exemplo de iogurtes e bolachas mas há tantas outras coisas nas nossas despensas e frigoríficos igualmente calóricas: manteiga, margarinas, óleos, azeite, cerveja, refrigerantes, biscoitos/bolinhos, batatas fritas, chocolate…
Paio, fiambre, boa manteiga num enorme pão quente, um bom presunto, um chouriço assado ao fim de semana.
Tudo o que sabe bem.
Não te esqueças que um homem consome facilmente entre 2.500 e 2.800 calorias por dia, e uma mulher entre 1.800 e 2.200. Isto considerando um trabalho que não exija grande esforço físico.
Se nos limitássemos a bolachinhas e iogurtes de 150 a 200 calorias, bem arranjados estávamos.
O plano não é assim tão simples. Os três fatores principais para a obesidade são:
1)Desejo alimentar elevado (genético) – Isto aliado ao baixo custo e conveniência de certos alimentos que apesar de saborosos nutricionalmente são fracos, é a principal causa da obesidade.
2)Baixa consciencialização – Um traço de personalidade caracterizado pela falta de organização, disciplina e falta de orientação por objetivos levam a pessoa a ser mais “desleixada” e menos focada naquilo que faz.
3)Literacia alimentar – É de facto um fator na obesidade mas é o MENOS impactante, contribuindo “apenas” para 20% da obesidade.
As pessoas sabem que certos alimentos fazem mal mas esses mesmos alimentos são mais saborosos, mais baratos e mais convenientes. Isto aliado ao elevado desejo alimentar e menor consciencialização, que são as duas principais causas da obesidade, levam as pessoas a comer mal.
Baratos?
O McDonald’s já custa mais que 1 kg de sardinhas da costa.
30% e eu nem 2 quilos consigo ganhar 🙁
Também eu era assim mas com os anos isso mudou e agora vejo-me é desejo-me para perder esses kilos extras!
A americanização dos jovens faz muito mal à saúde.
É o resultado da falta de investimento na prevenção. Gastam-se rios de dinheiro no tratamento das doenças, mas quase nada na prevenção. A maioria das pessoas comete imensos erros alimentares sem ter a noção, por desconhecimento. Se existisse investimento na prevenção, pouparia-se muito dinheiro depois nos tratamentos. O que é verdade é que as “porcarias” são muito acessíveis, muito mais do que a comida de qualidade, e isso é um incentivo a consumir.
Já não há a desculpa do desconhecimento, não estamos no tempo da outra senhora.
A prevenção compete a cada um de nós, não devemos ser pedinchas do Estado e desculparmo-nos com o mesmo. A roda dos alimentos aprende-se na escola.
E fazer exercício mental ajuda também, pensar pela própria cabeça, não andar obliterado com seguidismos no burromóvel a ver o trashbook, o trashgram e o tico e toco.
Vai ser tudo gordo, caixa de óculos, sem saber falar com ninguém e um polegar calejado.
A roda dos alimentos não foi feita por certos lobbies das industrias alimentares? O leite de vaca por exemplo parece que não é necessário beber.
Há desculpa sim. Há quem viva na obscuridade alimentar. A roda dos alimentos aprendida na escola antigamente tinha como base pão e farinhas, o que está completamente errado.
Os cereais devem ser a base da alimentação.
Não é nada…. É a prota e o whey e n sei que mais essas porcarias processadas. Isso é que é bom.. e os batidos da erbalife.
Cereais? Isso é tão old fashion..
Tipo a pizza!
Desde que o meu miúdo foi dizer na escola, numa apresentação, sobre má comida, que o pai comia pizza, fui assassinado verbalmente, ou melhor, pizzado pelas feras.
E apenas me viu comer pizza uma vez em anos num desenrascanço, já que mesmo muito raramente como uma.
Não sou é evangelista, acredito na decisão informada das pessoas.
Sem falar que na dieta mediterrânica, o que existe mais é calorias e sal. Mas quando comparada com a americana, é a luz da primeira e as trevas da segunda.
Solução:
Pegar na pirâmide dos alimentos e virar lá ao contrário!
Tenho dito
Eliminar a maioria dos hidratos? Isso já é sabido há muito, mas fica uma dieta cara.
Carne (branca na maioria), peixe, ovos, legumes, verdes e fruta (pouca), azeite (pouco). Cozido ou grelhado.
Esqueçam os cereais e derivados, principalmente trigo.
Com a quantidade de químicos que a comida tem, não é de admirar