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Nova técnica eliminou 75% dos tumores em teste utilizando ultrassons

O caminho tem sido longo e, apesar dos avanços, a solução para os vários cancros ainda não existe. Contudo, uma nova técnica foi capaz de eliminar, com sucesso, 75% dos tumores, utilizando ultrassons.

Neste momento, o novo tratamento está a ser testado numa investigação sobre o cancro do fígado, nos Estados Unidos e na Europa.


O cancro no fígado é uma das 10 principais causas de morte relacionadas com cancro, em todo o mundo. Apesar dos tratamentos disponíveis, nos Estados Unidos, a taxa de sobrevivência é inferior a 18%.

Um grupo de cientistas da University of Michigan (UM) utilizou uma nova técnica para reduzir os tumores presentes em ratos. Isto, através de ondas de ultrassons não invasivas. Além disso, o tratamento já está a ser testado em humanos, nos Estados Unidos da América e na Europa.

De acordo com o estudo publicado na Cancers, esta técnica poderá representar uma grande descoberta para doentes com cancro no fígado.

Os primeiros testes levados a cabo pela equipa sugeriram que os ultrassons dizimaram, com sucesso, 75% dos tumores do fígado no corpo de rat os. Dessa forma, os sistemas imunitários dos animais foram capazes de eliminar o resto dos tecidos cancerígenos e de impedir a reincidência.

Mesmo que não visemos todo o tumor, ainda o podemos fazer regredir e também reduzir o risco de futuras metástases.

Explicou o professora Zhen Xu do departamento de engenharia biomédica da UM, numa publicação do blog da universidade.

Zhen Xu (esquerda) e Tejaswi Worlikar (direita)

Uma técnica não invasiva que utiliza ultrassom eliminou tumores

A nova técnica dirige, de forma não invasiva, ondas de ultrassom, para que o tecido alvo seja destruído mecanicamente e com uma precisão milimétrica. Normalmente, é necessária intervenção direta, invasiva, devido ao tamanho ou à localização ou ao estágio do tumor. No entanto, este novo estudo procurou focar-se apenas na parte dos corpos cancerígenos, presentes nos tumores.

A histotripsia é uma opção promissora que pode superar as limitações das modalidades de ablação atualmente disponíveis e proporcionar ablação segura e eficaz do tumor hepático não invasivo.

Esperamos que os resultados deste estudo motivem futuras investigações pré-clínicas e clínicas de histotripsia para o objetivo final da adoção clínica do tratamento de histotripsia para doentes com cancro do fígado.

Disse uma estudante de doutoramento no departamento de engenharia biomédica da UM, Tejaswi Worlikar, na mesma publicação do blog.

A equipa encontrou uma forma de garantir uma “cavitação acústica” de microssegundos de comprimento, sem efeitos secundários adversos, como acontece com a quimioterapia e a radioterapia.

 

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