EUA aprovam a primeira análise ao sangue para a doença de Alzheimer
Num passo significativo para o diagnóstico de uma doença que afeta "demasiadas pessoas", os Estados Unidos da América (EUA) aprovaram o primeiro teste sanguíneo para a doença de Alzheimer.
"Sabendo que 10% das pessoas com 65 anos ou mais têm Alzheimer e que, até 2050, esse número deverá duplicar", Marty Makary, comissário da Food and Drug Administration (FDA), tem esperança "de que novos produtos médicos como este possam ajudar os doentes".
Desenvolvido pela Fujirebio Diagnostics, o primeiro teste sanguíneo para a doença de Alzheimer mede o rácio de duas proteínas no sangue: este está correlacionado com as placas amiloides no cérebro - uma caraterística distintiva da doença de Alzheimer que, até agora, só era detetada através de exames ao cérebro ou da análise do líquido cefalorraquidiano.
Alzheimer’s disease impacts too many people, more than breast cancer and prostate cancer combined. Knowing that 10% of people aged 65 and older have Alzheimer's, and that by 2050 that number is expected to double, I am hopeful that new medical products such as this one will help… https://t.co/KU7A8XqgKZ
— Dr. Martin Makary (@DrMakaryFDA) May 16, 2025
Este teste poderá ajudar os doentes a iniciar mais cedo o tratamento com medicamentos recentemente aprovados que retardam a progressão da doença neurológica que "afeta demasiadas pessoas - mais do que o cancro da mama e o cancro da próstata juntos", segundo Marty Makary.
Novo teste de sangue pode facilitar o diagnóstico da doença de Alzheimer
Atualmente, existem dois tratamentos aprovados pela FDA para a doença de Alzheimer: o lecanemab e o donanemab. Embora não curem a doença, ambos têm como alvo a placa amiloide e já demonstraram abrandar ligeiramente o declínio cognitivo.
Há especialistas que apontam que, mesmo não curando, os tratamentos disponíveis oferecem aos doentes alguns meses adicionais de independência. Além disso, quanto mais cedo forem iniciados, mais eficazes deverão ser.
Em estudos clínicos, a análise ao sangue, agora aprovada pela FDA, produziu resultados muito semelhantes aos da PET (Tomografia por Emissão de Positrões) do cérebro e da análise do líquido cefalorraquidiano.
A autorização de hoje é um passo importante para o diagnóstico da doença de Alzheimer, tornando-o mais fácil e potencialmente mais acessível para os doentes dos EUA numa fase mais precoce da doença.
Afirmou Michelle Tarver do Centro de Dispositivos e Saúde Radiológica da FDA.
Conforme partilhado, o teste de sangue pode ser utilizado em contextos clínicos para doentes que apresentem sinais de declínio cognitivo. Além disso, os resultados devem ser interpretados juntamente com outras informações clínicas.
qual é a empresa, conseguem saber? Abbott?
Boas noticias !