Portugal tem espiões em bancos, Finanças e operadoras…

BTN says:

Nosso país é uma festa, fazem tudo o que bem lhes apetecerem… este país é mesmo o país das bananas…

George Orwell says:

Nos regimes totalitários,os serviços secretos assumem o papel de repressivas polícias políticas que têm, na história e na actualidade, o papel tenebroso que todos conhecem ao actuarem com as mesmas limitações do regime, ou seja, quase nenhumas.

Mas também nos regimes não totalitários, têm-se revelado como verdadeiros aparelhos de desvio de poder e à lei, sendo um contundente e recente exemplo, as escutas feitas por um país aliado em relação ao telefone móvel da chancelerina alemã, Angela Merkel.

Também na pátria dos fundamentos do Estado de Direito moderno, o Reino Unido, os serviços secretos foram historicamente o maior viveiro conhecido de “toupeiras” ou agentes duplos que trabalhavam para outras potências chegando ao ponto de exilaram-se nestas.

No caso de Portugal, presumivelmente devido ao seu de grande relevo mundial, conta com dois serviços de informações ( um só parece não ser suficiente ), e certamente atarefados com tantas informações para adquirir, não conseguiram evitar o ataque à embaixada da Turquia ou o assassinato de um destacado membro da OLP no âmbito de um congresso político internacional de grande relevo ocorrido no Algarve, casos estes em 1983 ( o suspeito deste último caso foi solto pela razão meramente formal de não possuir identificação o que provocou a chacota da imprensa internacional que então advertia a quem quisesse matar impunemente em Portugal tivesse o cuidado de não levar consigo documentos de identificação no momento da detenção) .

Mas a jóia da coroa do desvario total foi quando uma lista de membros dos serviços de informações saiu publicada na imprensa depois de um ministro ter entregue na AR um relatório contendo tal lista , o pior possível que a imaginação pode alcançar para um serviço tido por secreto, razão mais que suficiente para a respectiva e imediata extinção ou a auto demissão generalizada dos envolvidos, o que, muito “honradamente”, não aconteceu.

Se a isto juntarmos os casos relatado no “post” e outros pela comunicação social, mesmo existindo um Conselho de Fiscalização do Sistema de Informações da República Portuguesa assente no Parlamento que não conseguiu evitar tais ocorrências, somos levados a pensar que, independentemente de toda a problemática jurídica, apenas e só fundados nos resultados à vista que dizem muito mais que todo o manancial legislativo aplicável publicado no Diário da República, que se Portugal extinguisse estes serviços e concentrasse as competências de prevenção do terrorismo e crime organizado no modelo clássico mas reforçado da trilogia PJ, MP e Juiz, não viria grande mal para Portugal ou para o mundo, como diria o palhaço e deputado brasileiro Tiririca , “pior não fica”, no mínimo, teria o mérito de evitar toda esta espiral de escandaleiras.
No verdade, se por contenção de custos e racionalidade de meios, são revogados contratos de associação com escolas privadas inseridas no ensino público, por que não aplicar o mesmo critério de contenção em redundância de competências que visam objectivos idênticos ?

Se não forem extintos, a novela de escândalos vai continuar e tal persistência fará pensar aquilo que um outro humorista brasileiro, Millôr Fernandes, diria da hiperinflação brasileira, “se existe, é que é um bom negócio”, adaptando ao caso, se persiste é que interessa para certos e determinados fins e interesses, os quais, pela amostra, podem não ser os melhores para a segurança do país ou dos cidadãos ou até não nada terem nada a ver com isto.