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Acabou o programa e-escolas! Governo paga 57 milhões de euros

                                    
                                

Este artigo tem mais de um ano


Autor: Pedro Pinto


  1. Diogo says:

    Isto em Portugal é assim… sempre que um governo se lembra de fazer alguma coisa decente (o que é raro), é tudo desfeito quando o novo assume funções.
    Um passo para a frente, seguido de 2 para trás.

    • Realista says:

      Gastar dinheiro sem fundamento é coisa decente?

      • Vitor Z. says:

        Deixa-lo estar, ele gosta de pagar IRS a valer, e sonha com uma subida do IVA

      • Master of Piglets says:

        Sem fundamento? A sério? Está melhor enterrado nos bolsos de banqueiros de certeza… Enfim…

      • PR says:

        Se você acha que colocar todos os estudantes no mesmo patamar no que diz respeito ao acesso às novas tecnologias e principalmente no acesso à internet, é “gastar dinheiro sem fundamento”, então você é que devia rever os seus conceitos de decência ou falta dela.

        Este programa faz todo o sentido, e está muito longe de ser uma despesa sem fundamento. O único problema deste tipo de programa é ser aplicado em Portugal. Infelizmente em Portugal, basta ouvir falar em “apoio social” que existem uma data de bandidos que começam logo a salivar e a pensar de que maneira podem ganhar mais umas massas sem ter que fazer muito por isso. Custa aceitar mas é a mais pura das realidades, somos um país de corruptos e a corrupção corrói qualquer boa ideia que possa existir (e isto tanto vale para os ministros que criaram este e outros programas, como para o zé da esquina que mal o filho recebeu um computador, foi a correr vende-lo ao vizinho).

        • Ismael Guimarães AJ says:

          Concordo a 100% com esta intervenção. PR não serás o PR Cavaco, pois esse não deu valor ao trabalho que Sócrates fez.

          O problema em Portugal é que o investimento no Ensino não é valorizado. É claro que eu gostaria de ver este programa revisto e, no meu entender, deveria ser renovado. Este programa deveria apoiar a aquisição de equipamentos necessários à realização dos cursos. Eu estou a fazer um curso de Multimédia numa escola que não tem equipamentos para isso (Máquinas DSLR e gravadores de áudio digital).

          Tenho que fazer um projeto final e, como não trabalho (estudo) não tenho dinheiro para adquirir esses equipamentos. Quem tinha de antes do curso, está a aproveitar. Quem não tem, está limitado na aprendizagem. Se não tivesse computador, então as coisas é que não funcionariam mesmo.

      • bruno says:

        A quantia de 240 milhões parece-lhe infundada mas foi graças a ela que eu e mais de um milhão de pessoas puderam comprar um computador. Hoje estou a trabalhar na ârea. Acho muito triste ver professores a gozar com a magalhães. Eu quando tive o meu primeiro computador custou 200 e poucos contos e os meus pais compraram em prestacoes a 5 anos. Nessa altura (93) era uma pequena fortuna que comprava um carro.
        Se o Governo compra para as crianças, isso vai se reflectir no futuro. Mesmo os que usaram para jogar, ver porno, whatever, uma grande fatia da populacao vai beneficiar. E acabar com isso assim como acabar com as novas oportunidades, é um erro grasso. Muitos adultos não estão destinados a ficar desempregados e a exercer profissoes que não têm saída actualmente com a construcao por exemplo. Em contrapartida os 5 mil milhoes de euros para o BPN não parece escandalizar ninguém, como os submarinos e afins…

    • censo says:

      Pois…eu comprei o magalhaes por 50€…e o pc nunca saiu de casa nem nunca foi usado para outra coisa que não jogos. Quem ganhou e quem perdeu? Eu perdi 50€…

      • David Guerreiro says:

        E os contribuintes perderam umas centenas de euros, que foi o que lhe faltou pagar pelo equipamento, e que todos nós tivemos de pagar para ter o Magalhães em casa para jogar. É isso e professores a receber 2000€ por mês e com direito a portátil por 150€.

        • Jorge Carvalho says:

          Não estou a defender ninguém até porque agora já não dou aulas, como expliquei num post abaixo. Mas engana-se…… O meu liquido era de 1050€….
          Agora pegue nesse valor, vá para longe de casa a pagar renda, almoço, jantar, portagens e gasolina para vir ao fim-de-semana a casa. Sem contar que tem os encargos da sua casa “fixa”

        • João MS says:

          A minha prespectiva é mais do tipo “…professores têm de pagar 150€ por portátil, instrumento de trabalho”.
          Em 2015 não considera que um computador não é uma ferramenta essencial ao desempenho das funções de professor?

          • Jorge Carvalho says:

            Claro que sim. Ferramenta de ajuda na elaboração de instrumentos de trabalho tais como fichas, vídeos, experiências com circuitos elétricos que podemos simular no computador para os miúdos, bem como um instrumento de auto-formação (investigar e aprender). No entanto, eu antes de ter adquirido o computador via programa e-escolas, fazia o trabalho em casa, metia numa pen drive e utilizava os recursos da escola. Mas não acho que o Governo tenha que me dar um portátil… Tem às tantas que me proporcionar um ordenado digno para eu poder adquirir o mesmo. Se bem me lembro, os profs pagavam 150+ 18*15€ de assinatura TMN ou outra. Custo total do equipamento: 420€. Digo-lhe que ainda hoje não tenho outro a não ser o Insys, porquê? funciona, faz o que eu preciso e é perfeitamente válido para a utilização que lhe dou… Não quero um portatil para jogar… Para jogar há outras alternativas bem melhores… 🙂

      • Pedro A. says:

        Não podes generalizar a tua má experiência.
        Se queres culpar alguém culpa o professor do teu filho. Muitos houve que leveram o mag. para a escola e que usaram e aprenderam bastante.
        A culpa tb é tua que não incentivaste o teu filho a usar o mag. para outras coisas que não os jogos.

        • miguel says:

          não vamos atirar areia para os olhos das pessoas, se em professor devias ser culto o suficiente para ver mais alem…
          esse programa e-escolas vou para encher os bolsos a grandes empresas, PT’s, NOS,etc. E ROUBAR muito no meio.
          1º os magalhaes, sempre foram 1 lixo, crianças do 1, ao 4 ano queriam aquilo para que?? não era para estudar, nem sequer o utilizavam na escola(uma ou outra escola utilizava porque tinha de aparecer na tv que estava a ser utilizado aquele recurso).
          2º como era barato os pais compravam (50€) “nem que seja para ir a net”.
          3º não sei se todas as pessoas aqui vivem em grandes metrópoles, mas eu cá vivo bem no interior, e a OBRIGAÇÂO de internet no meu caso móvel… a utilidade daquilo era =0, passa do 5 dias estava sem net. era lenta. nem vídeos podia ver com aquela net.
          4º eu foi proprietário de um pc das e-escolas, sei do que falo, andava no 10 ano quando o programa começou. e vii muito bem a UTILIDADE dos PC “era jogar”…(muitas crianças nunca tinham tido oportunidade de jogar pc, muit menos consolas, este programa veio trazer uma maquina de jogos de baixo custo)
          5º SIM, fazia-se trabalhos no computador, aquelas tretas para encher (AREA DE PROJECTO), um ou outro relatoria. O mais engraçado, é que no secundário tinha de ser relatórios a PC os Professores (tolos), davam péssimas notas a quem entrega a mão.
          Estou na universidade e aquelas pequenas aulas de Laboratório, entrego o relatório escrito a mão e tenho muitas vezes melhores notas que aqueles que fazem tudo muito bonito, mas que no fundo não tem conteúdo nenhum .
          Em suma: adequiri um pc e-escolas, andei na escolas ainda 3 anos depois de ter começado, e viii muito bem a real utilidade daquilo, era nenhuma.
          Agora que sou mais velho, digo AQUILO nao foi a pensar nas crianças nem nos estudantes (foi para encher os bolsos de muitos).

          Se quisessem mesmo ajudar, era darem um desconto de 60% em computadores ate 700€ ou 600€, por estudante de 7 em 7 anos.

          Eu não quero andas a pagar mensalidades por uma internet que não utilizo, e quem diz que ja não tenho net em casa???

          Programa feito por socrates.. nem digo +

    • Diogo says:

      Respondo a todos os que criticam o programa:
      Eu concordo que foi mal implementado em grande parte, muita gente aproveitou-se para ganhar uns milhões e não cumpriu parte dos objectivos que era suposto cumprir.

      Mas foi a primeira vez que vi um governo tomar uma iniciativa com alguma visão de futuro. A aposta na ciência e educação é algo que se paga a si próprio ao fim de alguns anos.

      Mesmo concordando que o programa tem muito que melhorar, a idea é boa e deveria ser continuada.

      Ou também acham que o Ghandi devia ter desistido de lutar pela paz por alguns lideres mundiais só se darem bem em guerra?

      • miguel says:

        nos moldes que o programa estavam, nunca foi uma aposta cientifica e de educação.
        Fechar o programa foi uma excelente ideia. (e era DESPEDIR toda as pessoas do programa, desde a empregada de limpeza, ate ao mais alto cargo)

        E era fazer uma coisinha em condições (SEM VICIOS), não é seres obrigado a comprar um pc a “CERTAS” empresas (com contratos de fidelização).
        Magalhães?? que é isso?? uma tostadeira??? R: não é uma marca criada, sugar dinheiro do estado
        Cada Estudante teria uma Orçamento para o Equipamento (e ai cada um comprava onde queria).
        Teriam de provar que a compra tinha MESMO sido realizada. e Esta feito.

        “A aposta na ciência e educação é algo que se paga a si próprio ao fim de alguns anos.”
        Onde esta a aposta cientifica???????????

        Equipar as escolas com material ISSO È aposta cientifica e educativa.
        Esbanjar milhoes num “programa suposto” educativo não é NADA.

        E com ja disse eu foi um dos que se aproveitou para ter um pc por 150€.

        Diogo, tu es um idealista, mas por favor acenta os pés na terra e vee que o programa Sócrates e-escolas aquilo nãoo foi nada

        • Ismael Guimarães AJ says:

          O Sócrates apoiou o seu investimento no e-Escolas através de uma parceria entre as operadoras e o próprio Estado.

          O Estado gastou bastante dinheiro mas, também, o recuperou com o tempo. Eu ainda hoje uso a Internet do e-Oportunidades. Não teria como ter outra Internet!

  2. Cap says:

    Alguém se preocupou em fazer um saldo deste programa? Será que compensou todo o investimento que foi realizado? Trouxe grandes mais valias à sociedade? Os alunos saíram muito mais bem preparados do que estavam? Isto porque a repetir um dia um programa deste género, que seja para o fazer mas sem os mesmos erros. Infelizmente o Estado, especialmente quando é constituído pelo PS, não consegue executar nenhum projeto sem despesismo e acaba sempre por ser um péssimo negócio para os contribuintes. Os objetivos são sempre nobres, mas muitas vezes servem apenas de capa para justificar os verdadeiros motivos, que são contrastações chorudas e fundações/depósito de boys.

    • luis verdasca says:

      cada caso é um caso mas, por exemplo, conheço dois miudos cujos pais não tinham hipotese de comprar um computador para eles e este programa permitiu que o fizessem. um miudo passava o tempo a explorar, aprender, procurar coisas sobre cidades, etc. o outro usava-o principalmente para fazer trabalhos para a escola e pesquisas.
      penso que foi um bom investimento, neste caso. sempre é melhor q ficar em casa a ver a tvi e a ler o correio da manhã a criticarem este mesmo programa.

  3. Rafael says:

    Afinal este roubo: https://pplware.sapo.pt/informacao/cibercrime-rouba-6-milhoes-de-euros-de-bancos-europeus/ acabou por ser bem inferior ao roubo relatado nesta noticia…!

  4. Miguel says:

    Tudo que seja para tirar as pessoas da escuridão da infoexclusão eu concordo.

    Podemos debater se o programa foi bem implementado e o que se poderia fazer de diferente, mas o esencial está feito vejo muito idoso e jovem que hoje conheço um computador e sabe falar com a familia, aceder a serviços online do estado, emails, devido ao programa e-escolas.

    Vou buscar as pipocas e já venho!

  5. Filipe says:

    Este programa tinha princípios bons mas a ganância de alguns e transformou-o num buraco negro. Os empresários usaram-no para roubar dinheiro e, ainda por cima, os professores descontentes com esta palhaçada boicotaram o uso materiais… resultado, um fiasco! No fim, ninguém é responsabilizado e lixam-se os do costume. É uma pena….

    • Pedrostrik says:

      Infelizmente tens razão, até a meu ver, a ideia original deste projecto era muito boa, mas a aplicação e sucesso da mesma foi escassa. No Portugal contemporâneo , existe uma quantidade de abutres, xico espertos e opurtunistas, que conseguem sempre dar cabo de tudo, e ququem se dana, são as pessoas honestas deste pais

  6. Luis says:

    OFF Topic – Governo paga mais do que recebe com a TAP (Liquido) 🙂

  7. Liberal da Cerca says:

    Lamento que a ideologia mesquinha arrume com uma tentativa de avanço… Não havia necessidade! O programa tinha problemas? sim, então corrigiam-se, pois a visão era boa e os princípios salutares.

    Investimento não é só em betão! É também em qualificação. Penso que era uma boa aposta.
    Mais uma oportunidade perdida!

  8. João says:

    Um bom projeto, mas como estava mal estruturado, acaba-se com ele, inteligência em Portugal é assim (estranha).

  9. turok72 says:

    Tanto Sócrates neste país, tanta gente cega… Dar computadores às crianças faz delas melhor preparadas??? Só se for em passar mais níveis nos jogos, usarem o Facebook para exporem a sua vida, e pesquisarem conteúdos impróprios, é isso que tenho visto nestes anos como técnico de informativa.

    • Mota says:

      Se calhar essas crianças de quem falas não tiveram quem as ensinasse de forma correta. Right?

      Hoje em dia existe neste país muita gente capaz de fazer IRS pela net, aceder a emails… em suma graças a este projeto (de que muita gente de má fé se aproveitou) Portugal deu um salto tecnologico!!

      Vale lembrar que este projeto não foi só direcionado a crianças.

  10. Edgar Alves says:

    Dava para comprar 5 taps

  11. Jorge Carvalho says:

    Realmente concordo com algumas ideias aqui ventiladas. O conceito era bom? Sim, era.
    Foi bem utilizado pelos alunos? Não…
    Porquê?
    1) Os alunos só queriam jogar Counter Strike;
    2) Não sabem utilizar o mesmo em segurança
    3) Desconhecem completamente as regras de uma utilização segura da Internet
    4) Os alunos entravam em “auto-gestão”, um amigo dizia que um programa era porreiro e corriam a instalar.
    5) A disciplina de TIC foi sendo eliminada meticulosamente do programa de 10º e 9º. Porquê? alguém no Governo acha que é só dar um computador e pronto, está tudo resolvido… Nessa óptica porque é que há a disciplina de Português? Não nascemos em Portugal? Então já devíamos saber Português…
    6) Realmente os professores não tiveram formação adequada para a utilização das ferramentas multimédia (elaboração de quiz, entre outros), não tiveram formação na utilização do programa que geria as maquinas da sala de aula e enviava os tais quiz e jogos didáticos para os alunos. Faltou também alguma formação na utilização do quadro interativo.
    7) Outro motivo do falhanço foi que realmente é bonito pedir aos professores para inovar e utilizar as TI’s etc etc, mas onde está a contrapartida monetária? Isso exige tempo e tempo é dinheiro, o pessoal foi sendo sobrecarregado com tarefas e foi-se deixando a parte da formação de lado, passa-se o tempo a mandar os meninos calar e estarem atentos… Os profs não são pagos para serem pais, a educação tem de vir de casa, não da escola.
    8) Por último, o programa deu barracada pois como foi dito e à boa maneira portuguesa, há que meter a faca onde se puder (como o programa de remodelação das escolas onde se colocam candeeiros do Siza Vieira e casas de banho com torneiras XPTO para aqueles miudos que às vezes parecem animais estragarem) Quando o que se queria era de factgo torneiras funcionais e robustas e umas boas lâmpadas que dessem uma luz natural e que os tetos não pingassem ou entrasse muito frio pelas janelas, ou haver verba para se puder fotocopiar à vontade fichas com propostas de trabalho para serem desenvolvidas nas aulas.
    Desculpem este desabafo de um ex-prof de TIC que esteve um ano desempregado depois de 8 anos de serviço aqui e acolá onde havia uma vaga

    • João MS says:

      Não podia estar mais de acordo…com todos os pontos! Num país como Portugal e nos tempos que correm faz todo o sentido um programa com estes objectivos e por isto opino que, admitindo que a sua implementação foi um fiasco, se sabemos que é algo essencial ao desenvolvimento e progresso da nossa sociedade penso que o correcto não será “matá-lo.” Ë como se se acaba-se com prestações/subsídios sociais por haver conhecimento de que há muita gente que os recebe indevidamente.
      Há muitos casos em que o e-escolas permitiu a infoinclusão e eu conheço uns quantos, inclusive familiares próximos, como por exemplo a minha avó que passou a poder realizar uma série de trâmites online. Para uma pessoa de “90 e pico” anos e com dificuldades de locomoção isto significa uma melhoria considerável da qualidade de vida.

      • Jorge Carvalho says:

        Fantástico! Cheguei a fazer umas horas no RVCC (Novas Oportunidades) Estava sempre à procura de uma “pérola” em cada sessão ou grupo a que ia… Muitos só queriam o diploma do 9º ano porque as empresas assim o exigiam, no entanto, outros, encaravam o processo como uma verdadeira mais-valia e dava-lhes força e garra para progredirem mais um pouco, não porque o patrão assim o exigia mas por satisfação própria e auto-estima. Parabéns à sua avó que aos “90 e pico” descobriu um mundo novo

    • Mota says:

      +1 Jorge.

      Muito bem dito. O programa, uma vez aplicado de forma correta, seria no minimo historico.. infelizmente quando há interesses e burrice por trás (ponto 5!!!) é complicado.

      • Jorge Carvalho says:

        Muito obrigado pelo comentário. Realmente, o programa teria muito mérito se fosse bem aplicado. Mas “mais altos valores” se impuseram (leia-se €€€€) e sempre que se pode desfalcar o Estado que somos todos nós e alguém recebe umas “luvas” chorudas, aparece um Português. O programa surgiu porque o índice de escolaridade em Portugal era muito baixo comparado com a média europeia, e isto, foi uma forma de se conseguir elevar um pouco mais o referido índice. Digo-lhe que havia pressão sobre onde quer que estivesse sediado o Centro de Novas Oportunidades de forma a “certificar” os alunos. Se não existissem certificações em número suficiente, o centro era fechado. Ou seja, não adiantava ter muitos inscritos se os mesmos não “passassem”. Até se chegaram a vender portfólios para obter o 9º ano. Havia pessoas que conversavam com o aluno para saber da sua vida, e redigiam o mesmo. Os preços de um portfólio completo, impresso e encadernado rondavam os 120€ mais coisa menos coisa. Saltava à vista quando se analisava o mesmo, mas se não se aprovasse o individuo, lá se ia o Centro abaixo. É mais ou menos como passar os meninos todos de ano, quer saibam ou não. O que se esquecem, é que estão a dar uma “prenda envenenada” aos pais e alunos. O miúdo não sabe para passar mas passa. No ano seguinte chumba redondamente. De quem é a culpa? Normalmente dos professores que não sabem ensinar…. Na verdade, o aluno passa “à rasca” do 7º para o 8º, chumba no 8. No entanto o problema está no 6 ano que as notas foram votadas para ele puder ir a exame…

  12. henrique says:

    estas coisas serevem para encher os bolsos aos amigos, para depois pedirem favores e quando sairem do governo fiquerem na liderança de uma grande empresa a ganhar milhoes.

  13. Bruno Jesus says:

    O que vai acontecer ao pessoal que tem internet da E-Escolas?
    Eu ainda uso uma da tmn e-escolas e queria mantê-la.

  14. JN says:

    Agora vão lançar o e-prisões.
    Foi uma festa!
    Distribuíram-se milhares de computadores que muito raramente, a maior parte nunca, foram usados em sala de aula!
    Todo esse dinheiro podia ter sido usado para dotar todas as escolas com salas de TIC devidamente equipadas e o remanescente constituiria um fundo que servia para manutenção e atualização desses equipamentos.
    Não só os putos não tiveram aulas com os Magalhães como os equipamentos informáticos para as aulas estão a ficar degradados e desatualizados.
    E os privados sempre a faturar sem risco e com lucro garantido.
    Se isto fosse um República a sério, não havia computadores que chegassem para o programa e-prisões…

    • JN says:

      PS: O negócio foi mesmo bom para muita gente.
      Na altura em que saíram, cheguei a ver três Magalhães à venda numa feira, novinhos em folha, a 100€ cada e se comprasse os três vinham por 75€ cada.
      Pelo aspeto do vendedor, suponho que eu também paguei parte daqueles Magalhães porque os filhos devem de os ter recebido de borla.

    • Jorge Carvalho says:

      Deixe-me dizer umas coisas:
      1) Os computadores das salas de TIC são adequados para a utilização pretendida.
      2) Degradados? Sim, porquê? Os alunos são como animais… Quando se reporta que este ou aquele aluno danificou um equipamento, o Diretor não convoca os Encarregados de Educação para pagar o dano. Têm medo, têm medo que os pais vão para a DREN ou DREL fazer queixa. E ao fim e ao cabo, são os meus impostos que serviram e servirão para pagar os mesmos.
      3) A iniciativa e-escolas não se ficou só pelos Magalhães.
      4) que motivação tem o professor da primária, cada vez com mais alunos numa sala, com dois níveis ou mais a lecionar ao mesmo tempo, para aprender a utilizar novas ferramentas (ver o meu post anterior).
      5) A motivação e o fator de recompensa pecuniária andam muito juntos, cada vez com mais trabalho e menos ordenado o que fazer? Baixar mais as calças? julgo que não.
      6) Querem qualidade de ensino? Inovação? Ofereçam condições para tal, melhor remuneração, menos alunos por prof para ter qualidade, e sobretudo, melhor EDUCAÇÃO em casa que é o que não há neste País que é um “subsidio-dependente”, baixos princípios morais e sempre à procura de esmifrar o Estado. Que saudades do tempo em que um aluno levava uma chapada se era mal comportado, chegava a casa, fazia queixa e levava logo outra…

      • JN says:

        1) Os computadores das salas de TIC vão ficar obsoletos e desatualizados brevemente quer ao nível do software quer do hardware.
        2) Felizmente, os alunos, os pais e os professores não são todos iguais.
        3) A iniciativa e-escolas não se ficou pelos Magalhães. Constituiu programa fantástico em que operadoras, fabricantes de hard e software, etc. ganharam muito.. Já o País e a educação…
        4 e 5) De fato, motivação e recompensa andam muito juntas, mas o brio profissional também devia lá estar e esse depende de cada um.
        Quanto à recompensa, o esforço dos professores não foi maior do que o de qualquer outro funcionário público deste País.
        O problema dos professores, que os prejudica enquanto seres humanos, que prejudica as escolas e os alunos, é muito anterior ao e-escolas, tem a ver com a instabilidade pessoal, familiar e profissional relacionada com um estupido sistema de colocações.
        Agora, se a motivação depender apenas da remuneração, atira-se dinheiro para cima do problema mas este persistirá.
        Embora o dinheiro esbanjado no e-escolas pudesse ter sido usado para resolver outros problemas.
        6) Tal como não posso meter os professores no mesmo saco, também não o faço com os Pais ou com as famílias.
        Aliás não me parece que haveria diferença nos casos de indisciplina se comparássemos os filhos de professores com os filhos de profissionais de outras áreas.

        • Jorge Carvalho says:

          1) Há sempre uma solução… Utilizar o Xubuntu ou Lubuntu… em Pentiuns 4 como são os do E-Escola, com 2Gb de RAM salvo o erro, duram uma vida.
          2) Pois… temos é que nos preocupar com os que são iguais (99% deles) Os diferentes não dão problemas….
          3) Concordo!
          4/5) Falo em formação e algum reconhecimento que não existe nem por parte dos Pais nem do Estado. Falo também que para preparar esse tipo de aulas é necessário tempo e o Estado a mim nunca me pagou horas extras. Amor com amor se paga. Se fui rebaixado, não vou dar a outra face porque não sou Cristo e quem não se sente não é filho de boa gente
          6) Gostava que tivesse estado comigo numa sala de aulas que mudaria rapidamente de opinião… Infelizmente a pobreza material muitas vezes acompanha a pobreza de espírito. Não sou rico nem nunca fui, mas sempre tive uma educação rígida no que concerne ao respeito pelos outros e são esses os valores que transmito à minha filha. Tenho pena de não lhe poder mostrar o registo das notas da minha filha para o ajudar a mudar um pouco essa imagem. Como disse, INFELIZMENTE a pobreza acompanha a pobreza de espírito muitas vezes…

          • JN says:

            Fazendo as contas, 99% dos alunos numa turma de 30, corresponde a 29,7 alunos.
            Ora, numa turma de 30 alunos, só 0,3 é que não “são como animais” (palavras suas).
            Isto é, 30 décimos de um aluno! Isto deve corresponder mais ou menos a um braço da sua filha.
            O exagero da sua expressão revela uma tremenda falta de respeito por 99% dos alunos e respetivas famílias, que são a garantia do seu sustento.
            Revela ainda uma tremenda falta de respeito pela mui nobre profissão de professor.

          • Jorge Carvalho says:

            Talvez se deva pensar que 99% dos alunos “fazem o frete” de estar na escola e que tudo lhes tenha que ser entregue de bandeja… Garantia do meu sustento? Não… O Estado já me pagou para lá estar a desempenhar funções, agora não. E o revela uma enorme falta de respeito não tem fundamento…. Deveria ver carros de ex-colegas meus que foram incendiados ou vandalizados pelos tais seus 99% de “santinhos”, ou de como saem das aulas ex-colegas
            Só deve falar das coisas se já esteve presente, para poder ver e contar como foi, não dar palpites

          • JN says:

            A sua resposta apenas vem reforçar o que eu disse anteriormente…
            Seja feliz.

  15. Mauro says:

    O programa chegou ao fim e já era tempo de terminar. Ainda assim, considero que o mesmo foi uma grande mais valia para a sociedade em geral, terá sido mesmo o maior feito do governo PS.
    Para quem vive nas grandes cidades e não conhece o país, este programa parece um desperdício, mas a verdade é que milhares de crianças provavelmente ainda hoje não teriam acesso a um computador/internet em casa se este programa não tivesse existido. O acesso à informação é essencial para o desenvolvimento.
    Hoje em dia o programa já não faz sentido porque o mercado se ajustou e criou produtos para todas as carteiras.

    Infelizmente houve abusos, casos de pessoas que se inscreviam no programa novas oportunidades só para terem acesso a computadores com desconto. Alguns para os venderem e outros para simplesmente serem usados como facebok machines. É triste esta parte, mas houve toda uma série de esquemas para abusar deste nobre programa.

    Se algumas empresas beneficiaram com o programa, pode ter acontecido, mas não acho que isso tire o mérito e os ganhos que Portugal terá pelo facto de ter agora uma população mais informada.

  16. Igor Matias says:

    Sincera e honestamente, não há razão para tanta discórdia e crítica por parte dos comentadores portugueses a este artigo.
    Este foi um grande programa de que Portugal se orgulha, não só pelas vantagens que trouxe ao público alvo (crianças que, em muitos casos, se serviram do Magalhães como o seu primeiro portátil) mas também pela boa reputação, boa imagem e bom exemplo de inovação e condição de vida proporcionada ao seu povo, feito que deixou na sombra muitos países desenvolvidos do centro da Europa.
    Depois de tantos anos a ser implementado, várias versões lançadas (exemplo de que sempre foi seu objetivo manter-se atual e funcional, e não apenas uma “lavagem de dinheiro” ou “desvio de dinheiro” por parte das entidades envolvidas, como muitos referiram), e objetivos importantes alcançados, sou da mesma opinião de que não há necessidade de continuação do mesmo. Tendo sido saldadas já todas as dívidas e, visto que a tecnologia está já bastante embutida na população jovem, não vejo motivos para a continuação do mesmo.
    E, para os comentadores que dizem que “em Portugal é sempre assim”, apenas digo que repensem o que dizem, pois se virmos as coisas desse prisma então qualquer projeto mundial nunca deveria ter um fim.
    Felicito o governo (passado e atual) e a fundação Magalhães pela iniciativa, que nos trouxe orgulho de ser português.

  17. Fernando says:

    Meus amigos, eu concordo com que é favor do programa e-escola e também com que defende que nem todos os trâmites foram aplicados da melhor maneira. Mas digo-vos o seguinte: Eu não tinha dinheiro para um computador nem internet. Pelo programa e-escolas tive um computador a custo zero e internet a 5€/mês. Fui feliz e contente da vida! Outros também o foram como eu. Apesar dos podres que possa ter havido nos bastidores do e-escolas, e que muito condeno, também deixou muita gente feliz, como eu. Fui dos que usou o computador para jogar, mas também fui dos que usou o computador como auto-didata para aprender o funcionamento das coisas e ficar a perceber do essencial de informática. Hoje tenho um curso superior da área de informática, se não tivesse tido o computador desse “programa chulo” como há quem o pinte, se calhar não me teria atrevido num curso da área.

  18. naoliveira says:

    Por acaso neste momento estou a utilizar o Magalhães para programar para Arduino 😉

  19. Mauro says:

    Isto é o tuga no seu melhor, comeu e agora cospe no prato.
    Muitos que vêm agora dizer que o programa serviu para encher os bolsos às empresas, são os mesmo que compravam 2 ou 3 magalhães/pc’s e-escolas para vender por 200€/300€/400€ no OLX. São os mesmos que tinham desistido da escola no 7º ano e depois se inscreveram no programa de novas oportunidades, programa onde o tal demónio chamdo Sócrates, lhes deu literalmente um certificado do 9º ou 12º ano. São também os formadores que ganharam muito bom dinheiro e fácil fingindo que formavam pessoas, esses que só acharam que o Sócrates era mau quando deixou de mandar dinheiro para os institutos chupistas.

    Felizmente, ainda há muitos e bons portugueses, aqueles que conseguem ver sem fundamentalismos partidários, clubísticos, etc, gente informada e com capacidade para denunciar o que está mal e para aplaudir o que está bem. O projecto e-escolas vai ter reflexo em pelo menos 3 gerações, 3 gerações mais informadas e isso é o que mais importa.

    O tuga só quer justiça quando não consegue roubar também.

  20. sakura says:

    Wow… 273 milhões / 10 milhões = 27,3 milhões???
    10 milhões == população de portugal toda.
    qual o custo de 1 pc + software + net ??????
    parece a apple como não trabalha (wifi) em vez de resolver o problema o melhor é voltar para tras pq o outro da muito trabalho……..
    Bom trabalho Sº 1 M. no more Bug,s in “programa e-escolas” quem disse que não havia-la muito QI…..lol

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